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  • Foto do escritorFernando Rolim

A equitação terapêutica e seus benefícios para crianças com autismo


Mão de uma criança com autismo, Fátima Fernandes descreve os efeitos da equitação terapêutica no seu filho, de oito anos, assumindo que “ele se transforma totalmente”.

O António tem oito anos e até seus dois anos e meio teve um desenvolvimento normal para a idade, até que teve uma regressão, deixou de falar e, no espaço de seis meses “piorou” em termos de sono e outros sinais que levaram ao diagnóstico de uma perturbação do espectro do autismo. Feito o diagnóstico, António começou com terapia da fala e depois terapia ocupacional, sendo acompanhado pela Associação para a Inclusão e Apoio ao Autista (AIA) . “Correu super bem e não queria sair” relata Fátima Fernandes, que explica que já tinha tentado a equitação terapêutica, antes, mas “o António tinha medo e teve uma reação muito má", declarou em entrevista ao Correio do Minho.

Desde o primeiro dia em que subiu para a ‘Tangerina’ - uma das éguas que o ‘Trote’ disponibiliza para a equitação terapêutica - o difícil é fazê-lo descer, reconhece a mãe que evidencia a evolução do António que “em todos os aspectos tem melhorado bastante”.

Fátima Fernandes não tem dúvidas de que a equitação terapêutica “tem ajudado muito” e aponta, não só a interação com o animal, mas também a atenção em casa”, destacando a verbalização e a menor aversão ao toque.

Já Maria Gabriel, de apenas quatro anos, leva menos tempo em cima do cavalo, já que iniciou a equitação terapêutica apenas em outubro de 2016, mas a mãe, Marta Rocha, já não tem quaisquer dúvidas sobre o impacto positivo na saúde da filha. “Ela aqui evoluiu imenso” descreve Marta Rocha, exemplificando com a “maior tranquilidade e maior equilíbrio” da filha que, garante, “mudou radicalmente” porque “já vai dizendo e fazendo coisas que até agora não fazia”.

Maria Gabriel ainda está em fase de diagnóstico, mas “vivia num mundo dela, isolava-se e tinha muitos medos.

Até o escorrega a mantinha afastada do parque infantil” refere Marta Rocha, apontando para um défice de atenção que exige acompanhamento de terapia da fala e de terapia ocupacional.

Marta Rocha ouviu falar dos bons resultados da equitação terapêutica no ‘Trote’ e decidiu experimentar e garante que desde que começou a filha “deu uma volta”.

“Ela adora vir para aqui (para o Centro Hípico) e ao interagir com o animal ela concentra-se mais” relata a mãe, destacando a “mais-valia em termos de desenvolvimento”, já que “a sintonia entre a criança e o animal transmite paz e equilíbrio”. Maria Gabriel faz apenas uma sessão semanal, mas “nota-se os efeitos” garante Marta Rocha, que só lamenta a falta de apoios para este tipo de terapêutica que a filha frequenta a expensas próprias.

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